Racismo, etarismo e os impactos à saúde da pessoa idosa negra

Preconceito relacionado à idade, o etarismo prejudica a saúde, afeta a dignidade, nega às pessoas direitos humanos e impacta a habilidade de cada indivíduo alcançar seu pleno potencial.

Quando o preconceito é racial, as consequências também são inúmeras. A população negra enfrenta o racismo estrutural, institucional e a ausência de políticas públicas para combatê-lo.

Há interseccionalidades entre ambos os preconceitos. É preciso analisar como esses marcadores sociais impactam diretamente na saúde e vão sendo cada vez mais decisivos com o envelhecimento.

Estudo da Faculdade de Saúde Pública da USP aponta que 47,2% dos idosos negros avaliam sua saúde de maneira negativa, bem como 45,5% dos idosos pardos. Já entre idosos brancos, o índice é de 33%.

Em relação ao acesso aos serviços de saúde, segundo o mesmo estudo, na cidade de São Paulo, os equipamentos de saúde são acessado por: 63,3% brancos, 21,4% pardos e 7,3% pretos/negros.

Os números refletem uma desigualdade latente e desafiam autoridades e a sociedade, como um todo, a criar, implementar e ampliar medidas e políticas que ajudem a mudar essa realidade.

Fonte: Idosos brancos e negros da cidade de São Paulo: desigualdades das condições sociais e de saúde de Moura, Roudom Ferreira