Livro apresenta mapeamento do risco de fragilidade em idosos de Minas Gerais

Resultado sobre velhice faz parte de estudo inédito desenvolvido por pesquisadores da UFMG sobre o Saúde da Família (ESF), que deu origem a um livro
“A saúde do idoso em Minas Gerais e a utilização de cuidados preventivos: uma análise com base na Estratégia de Saúde da Família (ESF)” é o tema abordado em um dos capítulos da obra “Equidade na Saúde: O Programa de Saúde da Família em Minas Gerais”, originária de pesquisa homônima  conduzida por pesquisadores da UFMG, inédita no estado de Minas Gerais.
Responsável pela abordagem sobre a velhice, o geriatra Rodrigo Caetano Arantes, membro titulado da SBGG-MG relatou com exclusividade ao site da SBGG que o levantamento apresentado permite mapear o risco de fragilidade dos idosos no estado.  “Os resultados encontrados mostram variação regional e por classe socioeconômica, no que se refere à fragilidade, à morbidade dos idosos e à utilização dos cuidados preventivos. Apesar de ainda se verificar um gradiente socioeconômico na utilização dos serviços de saúde, a ESF parece contribuir para a redução dessas desigualdades na utilização dos serviços da atenção primária nesse grupo populacional”, avaliou Arantes, que tem como linha de pesquisa o envelhecimento e idosos.
Metodologia
Foram investigados 3.629 idosos residentes em áreas urbanas potencialmente cobertas pela Estratégia de Saúde da Família (ESF). O corte de idade considerado para a definição de idoso é de 60 anos.
Foi avaliada a cobertura de vacina contra a gripe e a realização de exames preventivos, tais como exame de sangue, urina, fezes, próstata (PSA), mamografia e colo do útero. Procurou-se analisar também a cobertura da caderneta de saúde do idoso. A implementação dessa caderneta faz parte de um programa do Ministério da Saúde lançado em 2007.
Além da utilização de cuidados preventivos de saúde, foram também analisados indicadores associados às condições de saúde e risco de fragilidade dos idosos. Os marcadores adotados foram: ficar sozinho a maior parte do tempo, quedas nos últimos 12 meses, dificuldade para realizar atividades físicas tais como andar uma rua e subir um lance de escada, limitações na realização de atividades básicas da vida diária (ABVDs), qualidade da visão e audição e presença de doenças crônicas.
Sobre o livro: é fruto da união de pesquisadores do Grupo de Estudos em Economia da Saúde e Criminalidade (GEESC) do Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional (CEDEPLAR) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), que participaram de uma pesquisa financiada pela Secretaria Estadual de Saúde de Minas Gerais (SES/MG), tendo como organizadoras as professoras do CEDEPLAR/UFMG, Mônica Viegas Andrade e Kenya Valéria Micaela de Souza Noronha.
Sobre o autor: http://tinyurl.com/7abutqy
 
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