HIV: o vírus não vê idade, gênero e cor!

Ainda que as pessoas acima dos 60 anos de idade estejam cada vez mais ativas (inclusive sexualmente), o sexo continua a ser um tabu. Essa falta de diálogo e atenção em relação ao tema gera desconhecimento em muitos aspectos.

Segundo o Boletim Epidemiológico sobre HIV/Aids, houve crescimento de 129% nos diagnósticos de pessoas idosas nos últimos 12 anos. Entre 2007 e 2009 foram notificados 2.383 casos de HIV em pessoas a partir de 50 anos.

Já em 2019, foram registrados 5.469 novos casos. Os dados a partir de 2020 estão defasados em razão da pandemia de Covid-19, mas ainda assim evidenciam a importância da discussão sobre a sexualidade na velhice.

Qualquer pessoa sexualmente ativa pode ser contaminada e passar a ser portadora do vírus HIV. Assim, as medidas necessárias para evitar a transmissão devem ser mantidas independente da faixa etária.

Ao negligenciar a prevenção por desconhecer este risco, a pessoa idosa fica mais vulnerável. Além disso, com este cenário, as infecções sexualmente transmitidas são diagnosticadas tardiamente, o que atrasa e dificulta o tratamento.

Mais do que orientar a população idosa a cuidar de si, é essencial reivindicar a implementação de políticas públicas de combate ao HIV/Aids com foco nesta faixa etária, incluindo campanhas de prevenção e educação sexual.

O vírus não vê idade! Converse com o seu médico, não tenha vergonha.