O perfil epidemiológico mudou, a longevidade já é uma realidade para muitos. Ter filhos e netos também sofreu algumas alterações na pós-modernidade. Cada vez as pessoas têm menos filhos, e os têm cada vez mais tarde.
Essa nova realidade também afetou a relação entre os avós e netos. Essas mudanças trouxeram benefícios e surpresas para essa relação. Foi-se o tempo que nossas avós ficavam em casa fazendo bolos e cachecol de lã. Nossas avós estão ativas, participativas e atuantes. Seja nas redes sociais, nos cursos e nos diálogos com seus netos.
Ter netos hoje, não é mais ter uma demanda de cuidados e responsabilidades. Ter netos pode ser uma oportunidade de troca e reposicionamento pessoal e social. Quantos idosos não aprenderam a usar a tecnologia para se comunicar com seus netos, falar a mesma língua e se conectar com a vida atual. Sem a responsabilidade de manter e educar, que normalmente os pais têm com os filhos, a relação entre avós e netos pode ser pautada em: afeto, sentimento e troca.
Pode ser uma oportunidade de rever posturas, valores e atitudes não vivenciadas em tempos idos.
O convívio intergeracional, sabidamente acrescenta e enriquece quem nele se inclui. Lidar com as diferenças nem sempre é simples. Requer flexibilidade e adaptação, características cada vez mais desenvolvidas por quem se cuida e se prepara para envelhecer de forma ativa e participativa.
Celebrar o dia dos avós é celebrar a vida que se renova e se reinventa por meio das gerações e seu desenvolvimento.
Parabéns aos vovôs e vovós da nossa vida!