Dia Nacional de Atenção à Disfagia

As mudanças fisiológicas associadas ao envelhecimento acometem diversos mecanismos, incluindo o processo de deglutição.

De maneira geral, elas ocorrem de forma gradual, sendo possível à pessoa idosa se adaptar a essas novas condições sem que haja interferência no estado físico, nutricional e pulmonar.

A associação destas mudanças a outras comorbidades coloca este indivíduo no grupo de risco para disfagia e desnutrição.

A disfagia é uma alteração no trajeto do alimento da boca até o estômago. Isto quer dizer que alimentos, líquidos e até a saliva podem desviar do trajeto esperado e atingir os pulmões, causando pneumonia e até risco de morte.

É uma condição clínica que deve ser abordada interdisciplinarmente por médicos, fonoaudiólogos, nutricionistas e enfermeiros, uma vez que cada profissional contribui de forma interdependente para a melhora do paciente.

“A disfagia na pessoa idosa é multifatorial, mas a gente tenta entender quais são as causas, como podemos estabilizar aquele fator que está levando a pessoa a tornar-se disfágica e trabalhar a consistência do alimento, adaptar volume, fazer exercícios para ganhar força e mobilidade, para melhorar a coordenação, para que possa fazer uma deglutição segura”, explica Luciane Teixeira Soares, presidente do departamento de Gerontologia da SBGG – SP (2016-2018) e vice-coordenadora do Comitê de Disfagia Neurogênica Adulto do Departamento de Disfagia da SBFa.

São consequências da disfagia: desnutrição, desidratação e pneumonia aspirativa. A pneumonia aspirativa é responsável por 50% das mortes em idosos.

A importância do diagnóstico precoce

O diagnóstico precoce da disfagia é importante para a manutenção da qualidade de vida da pessoa idosa. Muitas vezes sintomas como tosse, engasgo, aumento no tempo de refeição, deixar de comer algum alimento por conta da consistência, são pontos de alerta, pois não fazem parte do envelhecimento saudável e podem estar associados à disfagia.

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