Dança ajuda a diminuir depressão em idosos

Nesta semana, o jornal Folha de S. Paulo, abordou a dança como forma de afastar a depressão em idosos. Priscila Monsano, fisioterapeuta e bailarina, criou o projeto Balleterapia e adaptou os passos do balé clássico para que alunos da terceira idade pudessem praticar a dança.

Ações inclusivas como a da Priscila são importantes para o momento em que o perfil demográfico brasileiro está mudando. Segundo dados do IBGE, a população idosa brasileira passará de quase 20 milhões em 2010 para 66,5 milhões em 2050. Criar redes para que idosos tenham um envelhecimento ativo faz parte de estratégias para o aumento da qualidade de vida neste período. Entretanto, um dos problemas para os mais velhos é a falta de convívio social, contribuindo para o aumento da depressão.

Segundo Mariela Besse, especialista em gerontologia, terapeuta ocupacional e membro da SBGG, a dança é uma forma dos idosos combaterem a doença. “A dança é uma atividade que estimula tanto o corpo como a mente, pois além de ser uma atividade física que ajuda na manutenção da força muscular, equilíbrio e amplitude dos movimentos, possibilita que o indivíduo amplie sua interação social criando novos vínculos, como também estimula as funções cognitivas, pois exige atenção, memória e novos aprendizados”, explica a especialista.

 Mariela destaca ainda que a dança ou outras atividades não possuem efeito se a pessoa não sente prazer em fazê-la. “É importante que isso seja significativo e faça sentido na vida do idoso”, finaliza.

Além disso, a prevenção e tratamento das doenças crônicas; suporte social adequado e de meios de compensação para danos funcionais, contribuem para evitar o surgimento da depressão na velhice.