Cuidadores de idosos: como escolher?

Ser cuidador – tarefa difícil!

A profissão de cuidador, depois de muitos anos de discussão, passa por um processo de regulamentação. Ainda que muitos passos tenham que ser percorridos até que tenhamos essa situação totalmente resolvida, o Senado aprovou em 12/09/12 o Projeto de Lei 284/11 que foi encaminhado para a Câmara dos deputados.

O projeto sugere que o cuidador seja uma pessoa maior de 18 anos, com ensino fundamental concluído e que tenha o certificado de curso com, pelo menos 160 horas de aulas, realizados por instituições de ensino credenciadas pelo MEC. No entanto, essas normatizações para a profissão ainda levarão um tempo para que sejam colocadas em prática.

Uma entrevista antes de escolher o cuidador é fundamental. Por exemplo, ter acesso a referências de outras famílias onde tenha trabalhado. Observar se o candidato possui um certificado de curso, em instituição qualificada, cuja grade tenha sido composta por conteúdos que abordem importantes questões sobre como cuidar de uma pessoa idosa. Indagar sobre os motivos que levaram aquela pessoa a tornar-se um cuidador de idosos. Esclarecer sobre o grau de dependência do idoso, observando se a pessoa está apta para executar tarefas como banho, alimentação, companhia, etc.

Após o início das atividades, é muito importante observar o comportamento do idoso. Mesmo os acamados, com dificuldade de expressão, se comunicam por gestos e olhares. Mudanças repentinas de comportamento devem ser avaliadas. Importante também conversar com esse cuidador buscando, sempre, informações sobre o dia de trabalho e sobre o comportamento do idoso.

Porém, para que este processo seja bem sucedido é fundamental que acordos prévios sejam feitos: carga horária, atividades desenvolvidas, folgas e os direitos trabalhistas.

Um cuidador satisfeito com seu trabalho terá um imenso prazer em cuidar!

Maria Angélica Sanchez (RJ)
Assistente Social Gerontóloga / Presidente do Dep. de Gerontologia da SBGG-RJ