A dor no idoso é normal?

A dor é frequentemente entendida como um sintoma normal entre a população idosa, mas muitos não sabem que não consideramos uma consequência natural do envelhecimento. Na verdade, a dor pode representar sinais de alerta do corpo, desde lesões à inflamação de tecidos ou até uma resposta à doenças.

A Comissão de Dor da SBGG, aponta que de 20 a 50% dos idosos possuem algum tipo de síndrome dolorosa, como problemas osteoarticulares e musculoesqueléticas. Essa porcentagem pode chegar a 80% na população acima de 65 anos, que vive em Instituições de Longa Permanência e hospitalizados.

Todo idoso tem dor?

A resposta para essa pergunta é não. Na maioria das vezes, a dor nessa faixa etária está associada a distúrbios que afetam os músculos, os ossos e os nervos.

Veja algumas doenças que estão associadas às dores nas pessoas idosas:

Osteoporose: é a perda acelerada de massa óssea e que pode acarretar fraturas, podendo levar a quadro de intensa dor.

Neuropatia diabética: uma condição associada às pessoas que têm diabetes e pode causar queimação e formigamento nos pés e mãos.

Lombalgia: a dor na região lombar costuma acontecer pelo “mau uso” da coluna durante a vida e com o passar dos anos fica mais intensa.

Artrite: é a inflamação das articulações e costuma estar presente em pessoas com mais de 65 anos, causando dor, rigidez e inchaço nas articulações.

Os desdobramentos da dor:

A dor pode ser incapacitante e limitar a atividade funcional, trazendo prejuízo para a independência do idoso e, com isso, pode prover um sentimento de inutilidade, depressão e isolamento.

Tal ponto, acaba por fazer a dor física irradiar para outras áreas da vida, como social, psicológica e espiritual, tornando o cenário da dor mais complexo e delicado de ser tratado.

Neste momento, é ideal que o idoso seja abordado por uma equipe completa que possa atender as diversas facetas que esse problema pode causar, como é o caso da equipe multidisciplinar, formada por profissionais com diferentes qualificações, experiências, técnicas e vivências.

O tratamento com a equipe multidisciplinar não limita o cuidado apenas ao uso de medicamentos, mas oferece, também, um olhar mais amplo de investigação do histórico clínico, para entender a origem da dor e a melhor forma de lidar com ela.

O que fazer

Caso a dor seja associada a uma doença, o tratamento deverá ser indicado por um médico geriatra. Porém, caso não seja, pequenas mudanças no cotidiano, que ajudem a movimentar o corpo, podem ser a solução para dores passageiras.

A atividade física que deve ser indicada por um profissional, é uma maneira importante de manter o corpo ativo e traz benefícios para o sistema imunológico, além de ser reconhecido pela promoção da saúde e qualidade de vida.

Você pode assistir o vídeo “Exercícios para melhorar a força muscular e coordenação no idoso” e acrescentá-los na sua rotina.

Manter o corpo ativo é importante para diminuir ou eliminar as dores, mas também é importante para a prevenção de quedas. No texto do “Dia Mundial de Prevenção de Quedas”, você pode encontrar recomendações para evitar esse tipo de acidente e consequentemente as dores provenientes.

Lembre-se de escutar o seu corpo e procurar um médico caso sinta que algo está errado!