Ainda são poucas as instituições de ensino brasileiras que ensinam disciplinas relacionadas ao envelhecimento e à saúde da pessoa idosa, e muitas das que o fazem dedicam carga horária insuficiente, gerando um grande vácuo na formação de futuros profissionais.

Nesse contexto, as “Ligas Acadêmicas de Geriatria e Gerontologia” (LAGGs) surgem com o objetivo de ampliar e difundir, na categoria acadêmica e também entre os próprios profissionais, os novos horizontes da Geriatria e Gerontologia.

O conceito de Liga Acadêmica remete a entidades fundamentalmente estudantis, objetivando se aprofundar em um determinado tema, baseado no tripé universitário Ensino, Pesquisa e Extensão.

Assim, as LAGG são organizações estudantis vinculadas a Instituições de Ensino Superior (IES), criadas por iniciativa e submetida à direção de acadêmicos, com o objetivo de ampliar seus conhecimentos em Geriatria e Gerontologia, bem como mudar a concepção pessimista  e a insegurança emocional sobre o processo de envelhecimento. As atividades são extracurriculares e de cunho voluntário, e baseiam-se no seguinte tripé:

  • Ensino: atividades baseadas na prática ambulatorial e/ou hospitalar e em aulas teóricas;
  • Pesquisa: projetos que visam obter o impacto da atuação da liga sobre a saúde da população idosa atendida, dentre outros;
  • Extensão: atividades junto à comunidade visando não somente à divulgação de informações para a promoção de saúde às pessoas idosas, mas também à integração da comunidade com os acadêmicos.

Um pouco de história

Há muitos anos, a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG) vem apoiando as LAGGs espalhadas pelo Brasil. Nosso apoio vem se intensificando ano a ano, principalmente a partir de 2001, durante o Congresso Sul-Brasileiro em Florianópolis, quando abrimos espaço para a realização do I Encontro Nacional das Ligas de Geriatria e Gerontologia.

De lá para cá, em todas as edições do Congresso Brasileiro de Geriatria e Gerontologia (CBGG) há uma sala reservada para o Encontro Nacional das Ligas.

Este evento periódico visa à divulgação não somente de informações sobre temas relacionados à Geriatria e à Gerontologia, por meio de palestras com os mais renomados profissionais das áreas, mas também das experiências das ligas sobre seus projetos.

Em 2004 foi organizado as primeiras diretrizes que direcionavam como seriam o funcionamento das ligas de Geriatria e Gerontologia no Brasil, reforçando o apoio da SBGG a este segmento acadêmico em suas práticas de ensino, pesquisa e extensão.

Em 2010, no intuito de incrementar ainda mais essa aproximação, a então presidente da SBGG, Dra. Silvia Pereira, criou uma interface direta entre a Diretoria e as Ligas. Data daí a primeira tentativa de refazermos o cadastro das LAGGs. A partir desse cadastramento, procuramos compreender melhor como trabalham, as vantagens e as dificuldades das LAGGs.

E em 2012 durante o CBGG que ocorreu em Belém por meio do apoio de redes sociais conseguiu-se reunir ligas de GG de todo o Brasil para rediscutir o funcionamento e novos rumos de organização e atuação das ligas.